segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Banca Qualificatória: É o mesmo suspense de uma "Cadeira Elétrica"

Medo, terror, horror e suspense, esse é o nome de um trabalho; - mais com toda a certeza pode expressar o que se passa naqueles momentos que antecedem a banca, e o que nos causam após toda a tortura, não digo que é uma tortura física, mas ver companheiros que deixam o “purgatório” – referindo-me a sala de Banca Qualificatória; aos prantos, ou mesmo sem indagações pertinentes após uma série críticas no estilo lavagem cerebral é complicado para qualquer cristão acreditar que não é difícil ou terrível de suportar. A tensão que nos aguarda é grande, o propósito é ainda maior, mas deixar se envolver com o sofrimento alheio é comum, como se neutralizar diante de companheiros de uma vida, de uma batalha, e irmãos e parceiros que dividindo todo o problema gerado durante quatro séculos, na verdade quatro anos, mais a sensação que se passa é que já se foram anos e anos, até chegar ao corredor da morte.
O meu trabalho, como o próprio pronome indica, a posse, é de doer o coração, quando se ouvem cousas que são para a melhora, pior é quando aquela cousa não vem do coração, não quer o melhor, ou pelo menos não parece, talvez o prazer de enfraquecer, de abater no sentido literal da palavra, ou mesmo de aparecer, sem dúvidas é esse um sentimento que nos deixam na lona, nos tiram o chão que estão sob nossos calejados pés, depois de muito caminhar, por uma estrada que parece não ter fim.
A avaliação causa medo, traz recordações perigosas; e questionamentos que não sabemos de onde tiramos. É, meus caros, não é fácil, na verdade ninguém falou isso no início do caminho, ou na beira da porta. Portanto o sofrimento faz parte, não que seja uma regra, mas é o que acontece. A solidão que nos tira o ar, o medo que nos tira a voz, que as faz tremular, nos faz repetir palavras, até mesmo errar, mais me diz então; quem nunca errou, eu posso apontar? Temos esse direito; pior é não errar, ser criticado com isso, ouvir criticas construtiva, que mais parecem ser destrutivas do que qualquer outra cousa. Como Shakespeare mesmo dizia, ser ou não ser eis a questão, seria ela então de vestibular ou do Enem, prefiro não descobrir essa resposta. O que parece ser um alívio com o fim de tudo, da cadeira elétrica, é na verdade o nosso início, o princípio de uma vida e de uma nova batalha. Saber se agradei na defesa do meu trabalho é complicado, mas espero que o resultado seja positivo o bastante para seguir confiante na próxima cadeira elétrica, porém com a presença de familiares e amigos como testemunhas do momento.


Natália Novaes

Nenhum comentário:

Postar um comentário