Quando eu era pequeno lá em Andradina, vez ou outra chegava um circo na cidade. Era uma alegria danada, a gente esperava a semana toda para ir ao circo. E a recompensa vinha.
O circo tinha o apresentador que anunciava as atrações e dizia assim -"Respeitável público, o circo chegou." Lá tinha um montão de bichos, tinha palhaço, malabarista, equilibrista, mas o que mais encantava era o mágico.
Os anos se passaram e o circo foi chegando ao fim, aquele circo de antigamente que nos fazia sorrir, que não se importava com o quanto ele faturasse de dinheiro, pois a maior alegria do circo era fazer uma criança sorrir.
O Brasil vive este ano o pleito eleitoral e não é que o circo chegou novamente. O picadeiro está armado lá em Brasília e os artistas só esperam o seu voto para poder entrar nele.
O circo de hoje é rentável, muito rentável. Temos palhaços, malabaristas, equilibristas, cantores, atores e os mágicos querendo um lugar ao sol, ou melhor, à uisque e dinheiro fresco. O circo de hoje não se importa com a alegria do seu público e sim com a alegria deles próprios.
E você pergunta. E como fica o público? O público não fica, ele tem que ir lá e votar porque o voto é obrigatório, além de ter que aguentar o horário eleitoral recheado de figurinhas que não são as da copa do mundo.
Dia 3 de Outubro, pegue o seu nariz de palhaço e vá votar.
André Longarini
Foto: Divulgação
MUITO BOM E CRÍTICO TB, MAS CUIDADO COM A REPETIÇÃO DE PALAVRAS OK.
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