
Povo brasileiro sofre com 'cala boca' na imprensa.
Desde o dia 31 de julho do ano passado, o jornal O Estado de São Paulo e o site Estadão estão sob regime de censura. O desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), proibiu veículos de publicarem reportagens sobre a Operação Boi Barrica, que investiga, entre outros, Fernando Sarney, filho do presidente do Senado. Os advogados do jornal alegaram, em contrapartida, que a medida contrariava a própria decisão do Supremo tribunal de Justiça que vetou a Lei de Imprensa e instituiu a liberdade de expressão.
A jornalista Alcinea Cavalcante teve a iniciativa de começar um movimento em apoio à liberdade de expressão no Brasil, aos jornalistas, blogueiros e cidadãos brasileiros. Através de uma página na internet, está recolhendo assinaturas dos que apóiam o movimento contra a censura. O documento online será enviado ao Governo Brasileiro, Congresso Federal, e Comitê de Proteção de Jornalistas.
O fator censura não atinge só os jornais de circulação nacional, não há como separar quem vai e quem não vai sofrer com as conseqüências; pois, se a ditadura voltar a se instalar no Brasil, até mesmo pasquins dominicais pagarão o preço amargo da derrota.
A ditadura militar ocorreu em 1964, decorrente de um golpe de Estado dos militares sobre o governo João Goulart. O curioso é que isso se deu porque os militares repudiavam as políticas governamentais da época; políticas estas que eles interpretavam como sendo de esquerda. Alguma ironia com o atual panorama? Sim. O governo Lula - petista e de esquerda – se mantém neutro e prefere agir por baixo dos panos, ficando indiferente ao que acontece no Senado; insistindo em manter Sarney no cargo, a despeito da massiva contrariedade.
Essa “Síndrome da mordaça” preocupa não só o alto escalão, mas também veículos de comunicação e jornalistas do interior. O problema é que, em muitos casos há a desinformação e a falta de interesse dos profissionais da área e da população que ainda parecem não ter se situado sobre o quanto a iminente volta à ditadura implica na qualidade da informação. E quem garante que vai parar por aí? Logo, filmes, música e até programas de variedades começarão a medir suas palavras e pensar duas vezes no que noticiar.
Para o estudante de jornalismo treslagoense Hugo Corradi a censura é uma forma fácil de impedir o grande eleitorado de saber a verdade sobre diversos assuntos. “A falta da censura, como vemos hoje em larga escala, acarreta julgamentos errado para o povo, o que influencia e muito em eleições. Ou seja, para mim, tem que se encontrar um ponto certo entre a censura e a liberdade de imprensa. Você poder escrever o que quiser sobre quem quiser, sem algo que te breque; e isso pode ser mais prejudicial que a própria censura.” salienta.
Mas não são só as mídias públicas que sofrem esse tipo de retaliação; as TV’s por assinatura podem estar ameaçadas por uma nova medida que impõe aos canais internacionais transmitidos no serviço de Tv’ a cabo cotas de programas nacionais obrigatórios. Canais como a Fox, History Channel, MGM e Disney sairiam do ar, prejudicando assim quem paga pela escolha.
A ABTA (que reúne produtores, programadores e distribuidores) lançou uma campanha na TV e na internet contra essa lei de cotas para canais pagos. O grupo expõe as problemáticas dessa medida, como isso afeta a vida dos consumidores de informação e quanto isso vai custar ao bolso dos assinantes.
A censura fere a Constituição e os direitos humanos, já que veta a liberdade de expressão e restringe a informação, que é um bem comum. Se a era militar voltar, é bem provável que tenhamos muitos outros casos “Vladimir Herzog” e receitas de bolo “tapa-buraco” nos jornais.
Crédito: Ananda Coggo
Foto: Divulgação
Ananda o texto é para internet não jornal impresso, kkk, precisa ser menor, no máximo 4 parágrafos ok ta muito grande! Precisa justificar o texto, fonte arial, diminuir o tamanho da fonte do crédito da matária, diminuir o tamanho da fonte da legenda da foto e colocar linha fina OK.
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